segunda-feira, 2 de março de 2015

A luta contra os doces e besteiras!

 
 
Eu tenho uma neném de 1 ano e 9 meses, a Helena, que a partir do momento em que começou a comer comidinhas sólidas (por volta dos 6 meses), virou uma draga! Comia prato de gente grande, de fazer as pessoas ao redor se espantarem! Eu pensava: "Que maravilha! Fui agraciada! Não vou ter problemas relacionados à alimentação com ela!"... Tolinha...
 
Dizem que por volta de 1 ano e pouco eles perdem um o apetite e passam a ficar mais seletivos ao comer. E foi assim mesmo que aconteceu por aqui! Um dia eu tinha uma neném que comia de tudo aos montes e no outro tinha uma "adultinha" que comia um tiquinho de nada ou escolhia o que ia comer (!!!!). E se o ambiente rotineiro mudasse (ex.: casa da praia, casa de amigos, etc.), ou se tivesse outras crianças ao redor, ou qualquer outra distração, aí é que a coisa não ia mesmo.
 
Mas o meu desespero maior foi no início de 2015, quando voltamos do reveillón na praia. Conto porquê: passamos o final do ano lá, com toda a família reunida. Aííí, que a vó coruja levou biscoitos, bolachas, Danoninho, iogurte, e outras cositas más. E claro que na areia sempre rola um espetinho de queijo coalho, uma água de coco, um salgadinho da tia que passa vendendo, e aquela farofada toda. E para belisquetes a Heleninha tem um super apetite! Besteira ela gosta, espinafre e brócolis que ela não quer... rs E todo mundo dava pedacinhos dessas coisas para ela (nada de frituras e doces!). Eu tentava controlar, evitar, mas não ficava falando muito porque senão a gente vira  chata! Mas aprendi que às vezes temos que ser chatas, sim... Para o bem das nossas crianças! Os outros fazem na melhor das intenções, mas só nós conhecemos tão bem os nossos pimpolhos para saber o que é melhor para eles.
 
Resumo da história: na hora de comer comida mesmo, não queria nem saber! Então compensava-se com Danoninho, iogurte, bolachas. Às vezes ela comia frutinhas também. A explicação que todo mundo dava era: "Ah, tá na praia, tá de férias"... "Ah, ela não quer comer porque está muito calor"... "Em casa volta a rotina...".
 
Voltamos para São Paulo. Rotina reinstalada. E aí, cadê que ela voltou a comer?? Cheguei a fazer comidinha fresquinha, apetitosa, colocar na mesa e ela nem querer provar!! Como assim?? Então tive que tomar uma atitude radical! Nada de doces, nada de guloseimas, nada de besteiras. E como estávamos em férias, sentávamos todos à mesa para comermos juntos: o maridão fazia um pratão para ela e para ele, e com ela no colo almoçava/jantava e ia dando colheradas para ela também. Aos poucos a rotina foi retomada, ela comendo só nos horários usuais (mamadeira ao acordar, frutinha por volta das 10h00, almoço às 12h00, frutinha após a soneca da tarde, jantar às 18h30 e mamadeira antes de dormir), e voltou a comer bem a comidinha!
 
Vejam bem: eu não tenho uma nenê que come mal (o que é bem diferente e bem mais complicado!). Eu tenho uma nenê com estômago proporcional à idade dela, ou seja, pequenino, que se enche fácil! E claro que entre guloseimas e arroz/feijão, ela vai preferir a primeira opção.
 
Descobri com essa história toda a receita para não passar por isso de novo: rotina e disciplina! A rotina faz com que as crianças sintam fome todos os dias no mesmo horário. Hoje, quando vai chegando a hora do almoço, ela mesma pede "papá". E a disciplina é para não oferecermos comidinha fora de hora e se possível nem termos em casa esses "ladrões de apetite". Ou se tivermos, dar somente alguns dias, não todos. Eu costumo enviar na lancheira da escola às sextas-feiras, que é o "Dia da Guloseima".
 
Mas a história da disciplina não é fácil!!! É uma luta diária, principalmente quando há interação com outras crianças, com hábitos diferentes. Na escola, há alguns dias, a professora me disse que na hora do lanchinho a Helena via o Danoninho dos colegas e ficava pedindo (isso nos dias da semana, de segunda a quinta, quando os lanchinhos devem ser saudáveis! Eu geralmente mando frutinhas, em vez de doce). Fiquei morrendo de dó... Mas não gosto muito de dar Danoninho, principalmente depois que li a matéria desse link (http://criancabemnutrida.com/2015/01/30/danoninho-nao-vale-por-um-bifinho/). Vejam que a indicação desse produto, segundo a própria fabricante, é  para crianças a partir de 4 anos (simmmm, 4 anos!!!!!) devido aos corantes, conservantes e açúcar! Qual foi a alternativa? Achei no mercado um produto um poooouco menos agressivo, que é um iogurte branco com pedaços de frutas. E vem em uma embalagem redondinha, do tamanho do Danoninho. A Heleninha adorou!! Quando viu já falou: "None? None?"... rsrsrs



Atualmente tenho uma neném saudável, que come super bem, de tudo o que colocamos no prato dela! E é uma ótima consumidora de frutas! Ama qualquer fruta, principalmente uva.

Querem provas? Essas fotos são do almoço de hoje!

ANTES
 
 DEPOIS

E vejam só... Eu já estava com esse post "engatilhado", quando recebo da minha amiga Juliana Rovaris uma publicação da nutricionista materno-infantil Andreia Friques em sua rede social, que tem tudo a ver com o que contei acima para vocês. Transcrevo abaixo:
 
Algumas razões para não dar açúcar aos bebês:
  • Açúcar branco é uma caloria vazia, não tem nenhum nutriente importante para o organismo.
  • Quando em excesso, aumenta muito a chance de obesidade, diabetes, câncer e várias outras doenças.
  • Entre 1 ano e meio e 3 o apetite dos pequenos diminui e eles entram numa fase chamada "Mini Adolescência". Muitos "param de comer" ou tornam-se seletivos. Aqueles acostumados a comer açúcar, certamente enfrentarão muito mais dificuldades nessa fase e a família sofrerá mais.
  • Quanto mais oferecermos os alimentos adoçados artificialmente, mais o bebê vai preferir esse tipo de alimento e mais difícil será introduzir outros sabores.
  • O açúcar mascara o sabor original do alimento e o bebê tende a recusá-lo quando oferecido da forma natural.¨
  • O carboidrato que nós precisamos para termos energia já está presente nas frutas e nos demais alimentos em quantidades suficientes.
  • Adicionar açúcar, ou produtos ricos em açúcar (como por exemplo muitos engrossantes existentes no mercado), às preparações, é começar a vida dele com excessos e, no futuro, poderemos nos arrepender!
Seu bebê é uma página em branco! Cuidado com o que você escreverá nos primeiros capítulos dessa história!

 
Alguém se reconhece em algum desses pontos? Ainda dá tempo de mudar!

Sarah Miranda

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