domingo, 18 de setembro de 2016

Estamos de volta!!!


Esse nosso blog ficou um pouco de lado nos últimos meses, por diversos motivos. Mas o fato é que um despertar, um "chacoalhão" me fez voltar os olhares para esse "filhote" (sim, porque para mim ele é como uma cria, também) tão querido e tão importante para mim. 

Portanto, VOLTAMOS! E agora com o time completo... rs. No último post, o Miguel ainda estava na minha barriga. Ele resolveu adiantar bastante e nasceu em 06 de agosto de 2016, na véspera do meu aniversário! Comemorei os meus 32 anos na maternidade. Realmente foi um super presente que Papai do Céu me deu! Mas essa história eu conto para vocês em breve, em outro post...

Apesar do texto dessa imagem que escolhi, o Barra da Saia da Mãe não é um trabalho. Foi a forma que encontrei de expressar meu dia a dia como mãe, dividir minha vida e pensamentos com vocês e também construir um "livro" de recordações dos meus pequenos.
E maternidade é o que amo, sou, faço, respiro! Portanto, falar disso é natural...

Agora também estamos no Facebook e no Instagram! Sigam-nos por lá também: @barradasaiadamae.
Nessas redes, que são mais versáteis, estou postando fotos diariamente. Vai ser muito bom ter você conosco no nosso dia a dia! 

Tenho muito assunto acumulado, para dividir com vocês. Aos poucos vamos colocando nosso papo em dia. Bora comigo?

Até breve!

Sarah Miranda

quarta-feira, 11 de março de 2015

A Indústria do Parto

  
Para muitas mulheres, a maternidade é um momento muito aguardado, planejado, sonhado! E não é fácil! Primeiro você tem que (ou gostaria de... rs) organizar sua mente, sua carreira, sua vida financeira, sua rotina, seu lar, seu relacionamento, para que haja um ambiente apropriado para receber um bebê.
E depois, as dificuldades para engravidar, provocadas pela ansiedade, os diversos problemas ginecológicos que as mulheres modernas enfrentam, o uso prolongado de métodos contraceptivos, etc.
 
Então, quando finalmente você faz o teste de gravidez e ele dá positivo, você se sente arrebatada! Pronto, Deus germinou a sementinha e o(a) anjinho(a), está a caminho!
 
E aí você começa a fazer o acompanhamento médico, as famosas consultas de pré-natal, para você saber como se cuidar, como cuidar do seu bebê, escutar o coraçãozinho (que é muito emocionante!), e tantas outras coisas.
 
Acontece que nos últimos tempos, as consultas de pré-natal, além dessas características gostosas e importantes, tornaram-se um momento para realização de cotações. Então, em meio à conversa sobre vitaminas, vacinas e ultrassonografias, você também tem que conversar com o médico sobre quanto vai pagar (mesmo tendo convênio!), se ele facilita o pagamento, etc. Virou um comércio...
 
Eu já tinha notado isso na minha primeira gestação, em 2012/2013, quando iniciei o meu pré-natal com o obstetra que realizou o parto da minha sobrinha. Ele me orientou sobre tudo o que era necessário e ao final me avisou que ele cobrava uma taxa de disponibilidade. Oi????? O que é isso?
 
É uma taxa cobrada por esses profissionais para realização do parto, já que para deslocar-se à maternidade de sua preferência eles têm que ficar boa parte do dia à sua disposição (e nos dias seguintes também, para as visitas de acompanhamento), o que afeta a sua rotina de consultas no consultório, naquele dia específico.
 
Mesmo sendo uma cesariana?? Sim! O congestionamento intenso da cidade, a distância das maternidades, fazem com que boa parte do dia seja despendida nesse processo.
 
E se eu não pagar? Bom, você pode fazer todo o seu pré-natal com o médico de sua preferência, pelo convênio, mas realizar o parto com o plantonista disponibilizado pela maternidade.
Aí, vai de cada paciente... Essa prática já é adotada na maioria dos países de Primeiro Mundo. As pessoas têm um médico de confiança da família, com quem fazem o acompanhamento durante a gestação, e o parto é realizado pelo médico disponível no hospital.
Mas eu, particularmente, não me sinto confortável de ser acompanhada por um profissional e operada por outro que nunca me viu antes, não conhece meu histórico de saúde, não teve uma relação mais próxima comigo e com o meu bebê. Eu preciso sentir confiança no médico, e isso não é possível algumas horas antes do meu neném vir ao mundo.
 
Como o valor que esse primeiro médico me cobrou foi muito alto para as minhas condições, eu passei a ligar para TODOS os obstetras do meu convênio, fazendo cotações! Descobri que a média dessa taxa, naquela época, era de R$ 1.500,00 a R$ 2.000,00. E assim era as consultas: quanto você cobra? Posso utilizar pelo menos o anestesista do convênio? Posso dividir esse valor?
Acabei encontrando uma médica ótima, com um preço mais "acessível" para fazer o meu parto. E foi ela que trouxe a minha Heleninha ao mundo!
 
E hoje, 1 ano e 10 meses depois do nascimento da Helena, estou novamente enfrentando a mesma situação, nessa nova gestação. Com um novo agravante: no início desse ano, a nossa atual presidente da República sancionou uma lei que vigorará a partir do mês de julho/2015, que estipula que todos os partos deverão obrigatoriamente ser normais, nos moldes de como é feito em outros países. Somente em casos emergenciais, onde haja risco para a mãe ou para a criança, poderá haver uma intervenção cirúrgica. A cesariana, quando realizada, deverá ser muito bem justificada, pois caso a instituição pagadora entenda que não havia necessidade, o médico não será reembolsado pelo serviço executado!
 
A obrigatoriedade do parto normal até é razoável, mas existe muita polêmica em volta desse assunto, e esse não é nosso foco hoje. O que é indiscutível é que o parto normal tem inúmeros benefícios para a mãe e para o bebê, portanto, é uma iniciativa positiva, já que nos convênios particulares a média de cesarianas já estava em 80%!
Mas se a justificativa para essa mudança fossem os ganhos de saúde para a gestante e para o bebê, tudo bem! Porém, a lei foi estipulada visando a diminuição de custos na área da saúde. É complicado querer imitar o modelo de fora, sem que haja aqui no nosso país a mesma estrutura, o mesmo investimento, a mesma formação e preparação dos médicos! Questiono se a médio prazo essa mudança será benéfica para a sociedade, sem que haja esse respaldo...
 
A cobrança da tal taxa de disponibilidade é ilegal e os médicos praticantes devem ser denunciados à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Mas sabem quanto ganha um médico obstetra, para fazer um parto? R$ 300,00... Sim, somente R$ 300,00 para ele gastar pelo menos metade de um dia indo até a maternidade, fechar toda a agenda de atendimentos em seu consultório naquele período, ficar à disposição por cerca de 10 horas, em partos normais, ou fazendo uma cirurgia de alto risco que leva cerca de 3 horas, em caso de cesarianas, e depois te visitar nos dias de internação, para acompanhar a sua recuperação e do bebê, e dar a alta hospitalar.
 
E sabe quanto custa uma consulta particular, se ele atender em seu consultório, recebendo pacientes a cada 30 minutos? Também R$ 300,00. Por consulta!
 
Dá para condená-los?
E olhem que os convênios médicos estão cada vez mais caros!!! Nós, usuários, estamos pagando um valor absurdo... Porque não é repassado um valor justo aos médicos? Essa realidade está fazendo com que os bons médicos não atendam mais por convênios, somente de forma particular!
 
Atualmente, a taxa de disponibilidade dos médicos aumentou. Lembram que em 2012/2013 ia de R$ 1.500,00 a R$ 2.000,00? Agora vai de R$ 3.000,00 a R$ 8.000,00! Sim, é isso mesmo que vocês leram. Sim, é verdade. Porque agora, como os partos não podem mais ser agendados, eles têm que estar de prontidão a qualquer dia e horário. E o trabalho de parto, quando feito normalmente, dura em média 10 horas.
 
Mas e se for uma cesariana justificada (como será no meu caso, já que minha última cirurgia é muito recente, apenas 1 ano e 10 meses, e o parto normal pode dilacerar o meu útero)? Já que o parto é agendado, programado, o valor é mais barato? Não, é cobrado o mesmo valor, em qualquer tipo de parto. Por quê?? Também não sei...
 
E um outro problema paralelo está acontecendo... Muitos hospitais de São Paulo, que são tradicionais e renomados, estão fechando suas áreas de maternidade. A justificativa é que partos não são lucrativos, portanto, não compensa financeiramente realizá-los. Nos últimos 5 anos, 17 instituições de saúde do estado de São Paulo já fecharam suas portas para as mamães! Os mais recentes, na capital, foram os Hospitais São Camilo, Santa Marina, Nossa Senhora de Lourdes e o Santa Catarina!Trata-se de uma questão de sobrevivência dos hospitais.
 
A consequência disso, é que estão sobrando poucos hospitais para atendimento às gestantes. Os principais em funcionamento atualmente são o Pró-Matre e o Santa Joana, que inclusive são da mesma gestão. O único detalhe é que com essa escassez de maternidades, os quartos e leitos estão lotados! Achar uma vaga é uma loteria... E por conta da nova lei do parto normal, não será mais possível reservar um quarto com antecedência.
 
É uma triste realidade... e aí, aquele momento tão importante da sua vida, é permeado por essas questões burocráticas e políticas.
 
Mas não desanimem, gravidinhas e aspirantes a mamães! Se não se importarem em serem atendidas pelo plantonista da maternidade, no momento do parto, vocês já têm um enorme caminho andado!
Se forem como eu, que preferem que o médico das consultas de pré-natal realize o parto, liguem em todos os conveniados do seu plano médico, façam cotações, procurem a melhor alternativa, uma pessoa em quem vocês sintam confiança! Sempre vai ter alguém... E aí, como a gente já tem que se preparar financeiramente para o enxoval, quarto do bebê, etc., essa é mais uma despesa para colocarmos na nossa planilha.
Uma outra alternativa que uma das médicas com quem passei me deu, foi verificar no hospital onde ganharei o meu bebê se há no seu quadro algum médico que atenda em consultório e faça partos lá, e então "matar dois coelhos com uma cajadada só".
 
O importante é que estejamos conscientes desse cenário, para que ele seja facilmente resolvido, e não estrague o momento mais sublime na vida de mulher: a hora de dar a luz!
 
Sarah Miranda

segunda-feira, 2 de março de 2015

A luta contra os doces e besteiras!

 
 
Eu tenho uma neném de 1 ano e 9 meses, a Helena, que a partir do momento em que começou a comer comidinhas sólidas (por volta dos 6 meses), virou uma draga! Comia prato de gente grande, de fazer as pessoas ao redor se espantarem! Eu pensava: "Que maravilha! Fui agraciada! Não vou ter problemas relacionados à alimentação com ela!"... Tolinha...
 
Dizem que por volta de 1 ano e pouco eles perdem um o apetite e passam a ficar mais seletivos ao comer. E foi assim mesmo que aconteceu por aqui! Um dia eu tinha uma neném que comia de tudo aos montes e no outro tinha uma "adultinha" que comia um tiquinho de nada ou escolhia o que ia comer (!!!!). E se o ambiente rotineiro mudasse (ex.: casa da praia, casa de amigos, etc.), ou se tivesse outras crianças ao redor, ou qualquer outra distração, aí é que a coisa não ia mesmo.
 
Mas o meu desespero maior foi no início de 2015, quando voltamos do reveillón na praia. Conto porquê: passamos o final do ano lá, com toda a família reunida. Aííí, que a vó coruja levou biscoitos, bolachas, Danoninho, iogurte, e outras cositas más. E claro que na areia sempre rola um espetinho de queijo coalho, uma água de coco, um salgadinho da tia que passa vendendo, e aquela farofada toda. E para belisquetes a Heleninha tem um super apetite! Besteira ela gosta, espinafre e brócolis que ela não quer... rs E todo mundo dava pedacinhos dessas coisas para ela (nada de frituras e doces!). Eu tentava controlar, evitar, mas não ficava falando muito porque senão a gente vira  chata! Mas aprendi que às vezes temos que ser chatas, sim... Para o bem das nossas crianças! Os outros fazem na melhor das intenções, mas só nós conhecemos tão bem os nossos pimpolhos para saber o que é melhor para eles.
 
Resumo da história: na hora de comer comida mesmo, não queria nem saber! Então compensava-se com Danoninho, iogurte, bolachas. Às vezes ela comia frutinhas também. A explicação que todo mundo dava era: "Ah, tá na praia, tá de férias"... "Ah, ela não quer comer porque está muito calor"... "Em casa volta a rotina...".
 
Voltamos para São Paulo. Rotina reinstalada. E aí, cadê que ela voltou a comer?? Cheguei a fazer comidinha fresquinha, apetitosa, colocar na mesa e ela nem querer provar!! Como assim?? Então tive que tomar uma atitude radical! Nada de doces, nada de guloseimas, nada de besteiras. E como estávamos em férias, sentávamos todos à mesa para comermos juntos: o maridão fazia um pratão para ela e para ele, e com ela no colo almoçava/jantava e ia dando colheradas para ela também. Aos poucos a rotina foi retomada, ela comendo só nos horários usuais (mamadeira ao acordar, frutinha por volta das 10h00, almoço às 12h00, frutinha após a soneca da tarde, jantar às 18h30 e mamadeira antes de dormir), e voltou a comer bem a comidinha!
 
Vejam bem: eu não tenho uma nenê que come mal (o que é bem diferente e bem mais complicado!). Eu tenho uma nenê com estômago proporcional à idade dela, ou seja, pequenino, que se enche fácil! E claro que entre guloseimas e arroz/feijão, ela vai preferir a primeira opção.
 
Descobri com essa história toda a receita para não passar por isso de novo: rotina e disciplina! A rotina faz com que as crianças sintam fome todos os dias no mesmo horário. Hoje, quando vai chegando a hora do almoço, ela mesma pede "papá". E a disciplina é para não oferecermos comidinha fora de hora e se possível nem termos em casa esses "ladrões de apetite". Ou se tivermos, dar somente alguns dias, não todos. Eu costumo enviar na lancheira da escola às sextas-feiras, que é o "Dia da Guloseima".
 
Mas a história da disciplina não é fácil!!! É uma luta diária, principalmente quando há interação com outras crianças, com hábitos diferentes. Na escola, há alguns dias, a professora me disse que na hora do lanchinho a Helena via o Danoninho dos colegas e ficava pedindo (isso nos dias da semana, de segunda a quinta, quando os lanchinhos devem ser saudáveis! Eu geralmente mando frutinhas, em vez de doce). Fiquei morrendo de dó... Mas não gosto muito de dar Danoninho, principalmente depois que li a matéria desse link (http://criancabemnutrida.com/2015/01/30/danoninho-nao-vale-por-um-bifinho/). Vejam que a indicação desse produto, segundo a própria fabricante, é  para crianças a partir de 4 anos (simmmm, 4 anos!!!!!) devido aos corantes, conservantes e açúcar! Qual foi a alternativa? Achei no mercado um produto um poooouco menos agressivo, que é um iogurte branco com pedaços de frutas. E vem em uma embalagem redondinha, do tamanho do Danoninho. A Heleninha adorou!! Quando viu já falou: "None? None?"... rsrsrs



Atualmente tenho uma neném saudável, que come super bem, de tudo o que colocamos no prato dela! E é uma ótima consumidora de frutas! Ama qualquer fruta, principalmente uva.

Querem provas? Essas fotos são do almoço de hoje!

ANTES
 
 DEPOIS

E vejam só... Eu já estava com esse post "engatilhado", quando recebo da minha amiga Juliana Rovaris uma publicação da nutricionista materno-infantil Andreia Friques em sua rede social, que tem tudo a ver com o que contei acima para vocês. Transcrevo abaixo:
 
Algumas razões para não dar açúcar aos bebês:
  • Açúcar branco é uma caloria vazia, não tem nenhum nutriente importante para o organismo.
  • Quando em excesso, aumenta muito a chance de obesidade, diabetes, câncer e várias outras doenças.
  • Entre 1 ano e meio e 3 o apetite dos pequenos diminui e eles entram numa fase chamada "Mini Adolescência". Muitos "param de comer" ou tornam-se seletivos. Aqueles acostumados a comer açúcar, certamente enfrentarão muito mais dificuldades nessa fase e a família sofrerá mais.
  • Quanto mais oferecermos os alimentos adoçados artificialmente, mais o bebê vai preferir esse tipo de alimento e mais difícil será introduzir outros sabores.
  • O açúcar mascara o sabor original do alimento e o bebê tende a recusá-lo quando oferecido da forma natural.¨
  • O carboidrato que nós precisamos para termos energia já está presente nas frutas e nos demais alimentos em quantidades suficientes.
  • Adicionar açúcar, ou produtos ricos em açúcar (como por exemplo muitos engrossantes existentes no mercado), às preparações, é começar a vida dele com excessos e, no futuro, poderemos nos arrepender!
Seu bebê é uma página em branco! Cuidado com o que você escreverá nos primeiros capítulos dessa história!

 
Alguém se reconhece em algum desses pontos? Ainda dá tempo de mudar!

Sarah Miranda

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Criança não pode passar vontade! Será??

 
Sempre ouvimos dizer que criança não pode passar vontade. Por quê? "Ah, porque senão fica com febre", "senão fica doente", "porque é judiação"... E aí, seguimos obedecendo essa ordem, oferecendo doces, brinquedos e tudo o mais que a criança vê, pede ou chora porque quer.
 
Eu acho que essa ordem foi passada para nós pelos nossos avós e pais, que viveram épocas muito controladas, onde tudo era mais difícil, algumas coisas eram inacessíveis, os tempos eram de crise. Eles com certeza tinham vontade de nos dar um Danoninho que víamos no mercado, uma Barbie que víamos nas lojas, e outras coisas, que não tinham condições de comprar. Hoje, como tudo está mais fácil, mais acessível, até supérfluo, eles podem "compensar" oferecendo aos seus netos tudo o que eles querem.
 
Acontece que antes de sairmos dando tudo o que as crianças vêem e querem, já que elas não podem passar vontade, temos que avaliar se elas realmente precisam, se fará bem à elas. Afinal, nós somos os adultos! Algumas vezes, é melhor dar uma recompensa em forma de carinho, ou algo simbólico, como estrelinhas ou parabéns no caderno, em vez de brinquedos e doces.
 
Esse último feriado, estávamos na praia, e a Helena viu na bolsa da tia um suco de caixinha, que era para o primo. Claro que ela quis tomá-lo, assim que o viu! Mas já era quase meio-dia e eu sabia que se ela tomasse o suco, não almoçaria! Portanto, o que era melhor para ela? A solução foi "distraí-la" com um biscoitinho leve, que não enche a barriga, e já leva-la para almoçar!
 
Acredito que às vezes é melhor negociar com as crianças, substituir o que elas querem por outra coisa, ou deixar passar vontade mesmo. Porque hoje, a vontade é de suquinho, de docinho, de comidinhas. Depois, de brinquedos. E amanhã, será dos IPhones, dos Ipads, e dos outros I-qualquer coisa que virão por aí! E a brincadeira começa a ficar mais séria!
 
E o que vai acontecer com a criança que nunca passou vontade, na hora em que ela quiser algo que os pais não podem comprar? Ou quando ela quiser algo que é do colega? Que tipo de mensagem estamos passando para essas crianças agora? Que tipo de adultos estamos criando para o futuro?
 
Eu acho que "passar vontade" é mais um sentimento com o qual temos que ensinar as crianças a lidarem. Afinal, elas têm que entender a realidade dos seus pais, as dificuldades da vida, o quanto custa conquistar seu próprio dinheiro, ensinar o real valor das coisas!
 
Nós, provavelmente, fomos crianças que passamos muitas vontades, mas estamos aqui! E não temos nenhuma sequela psicológica por causa disso. Eu acho que "passar vontade" é ótimo, porque nos impulsiona a conquistar o que queremos, nos determina a chegar lá! Foi porque passei vontade que fui trabalhar cedo para ter meu próprio dinheiro, foi porque passei vontade que fui estudar na melhor faculdade de comunicação, foi porque passei vontade que entrei em uma empresa ótima e fiz lá a minha carreira, foi porque passei vontade que fiz a festa de casamento dos meus sonhos (com o marido dos sonhos tb...rs), foi porque passei vontade que conseguimos comprar o nosso apê... E continuo com vontade de mais!
 
E é isso que vou ensinar aos meus filhos: que passar vontade não é ruim! E que o que eles não puderem conseguir hoje, devem trilhar o caminho mais justo e honesto para conquistar no futuro! E aí, eles terão tudo o que quiserem...
 
"Tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus..."
Romanos 8, 28.

Sarah Miranda

Campanha #DigaNãoaoAborto

Há alguns dias está rolando no Facebook e outras redes sociais a campanha anti-aborto, que consiste em postar fotos de si mesma grávida, com a hashtag da campanha (#DiganãoaoAborto) e desafiar outras amigas mães ou gestantes a fazerem o mesmo! O objetivo é sensibilizar as futuras mamães a aceitarem seus filhos, evitar abortos feitos em clínicas ilegais, que põem em risco a saúde das próprias gestantes, e mostrar que um filho traz muita felicidade e realização.
 
A campanha também chamou a atenção de pessoas que defendem uma posição contrária, ou seja, a legalização do aborto, o direito das mulheres interromperem a gravidez, quando indesejada. Isso envolve muitas discussões, como os recursos financeiros dos pais, a necessidade de um lar equilibrado e estruturado, a aceitação da criança, impactos psicológicos no futuro, etc. É uma história que "dá pano pra manga"! A repercussão foi tanta, de ambos os lados, que até chamou a atenção da imprensa.
 
Vale uma reflexão... Qual é a sua visão sobre o assunto? Você é a favor ou contra o aborto?
 
Eu sei de todos os problemas que uma gravidez indesejada pode trazer, mas ainda sou à favor da vida. Acho que toda ação gera uma reação, e temos que saber lidas com as consequências, sejam elas positivas ou não (a nosso ver!). Afinal, todo mundo sabe o que acontece se não se prevenir!
 
Tenho várias amigas que ficaram grávidas no susto, e o baque inicial foi grande, mas superada essa fase, curtiram seus barrigões e hoje são plenamente felizes com seus filhotes! Claro que o aborto veio à mente delas, no primeiro momento, no desespero. Mas hoje, se falarmos de aborto para elas, têm um troço!
 
E, para mostrar a minha opinião, postei no meu Facebook a foto abaixo, com a seguinte legenda:
 
"Fui desafiada pela minha amiga a postar fotos da minha gravidez da Heleninha, pela campanha ‪#‎diganãoaoaborto‬. Desafio aceito e cumprido! Segue imagem do meu momento mais pleno, mais feliz: quando passei a ser mãe! Porque nos tornamos mãe a partir do momento em que escutamos o coraçãozinho bater dentro de nós!
Sim à vida!"


Querem participar da campanha? Façam o mesmo! Mostrem ao mundo os seus barrigões!

Sarah Miranda
 

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Depressão pós-desmame: Sim, isso existe!

 
Como se já não bastassem os hormônios durante a gravidez (que alteram nossa sensibilidade, humor, emoções, etc.), a recuperação do parto (seja ele normal, natural ou com intervenção cirúrgica), a adaptação à nova rotina com o bebê, o aprendizado da amamentação, a depressão pós-parto (que acomete de 10% a 15% das mulheres e é caracterizada por tristeza, apatia e desinteresse pelas tarefas do dia a dia e pelo bebê, mesmo ele nascendo perfeito e fofo), e outros "perrengues" que passamos no processo de ser mãe, ainda existe mais um, que descobri na "prática": a depressão pós-desmame!
 
Um aviso às amigas que ainda não têm filhos ou que estão gestantes: não se assustem com essas informações. Nada disso é novidade, vocês já devem ter ouvido muitas outras mulheres falarem de várias dessas situações e além disso é importante ser realista e honesta. (rsrs) Mas a boa e verdadeira notícia é que tudo isso é ínfimo, pequeno e exponencialmente compensado pela felicidade da maternidade, de ter um serzinho tão gracioso em casa, de ensinar e reconhecer as conquistas diárias e de amar e ser amada de forma incondicional.
 
Mas voltando...
 
Vou contar como foi minha experiência da amamentação e do desmame: eu queria muuuuito amamentar. Sonho de toda mãe! Claro que no começo é complicado, nem a mãe e nem o bebê sabem como é o processo, é um aprendizado mútuo! Enfim, deu certo... nos conectamos! E a Heleninha, minha princesa, tomou exclusivamente leite materno até os 6 meses, a partir daí iniciamos , gradativamente, com as papinhas doces e salgadas no almoço e janta, e então ela passou a mamar somente ao acordar, no meio da tarde e antes de dormir. E éramos todos felizes para sempre dessa forma. Até ela completar 1 ano de idade, que foi quando a desmamei abruptamente, e explico o por quê!
 
Logo que ela nasceu, o leite desceu que foi uma maravilha! Ficava com os seios cheios, até doloridos de tanto leite! E dá-lhe mamá! Mas cerca de 3 meses depois, notei que o volume do leite já não era o mesmo, os seios já não enchiam tanto e às vezes ficavam muuuuuurchos, murchos... Parecia que não tinham nada...
Comentei isso com a pediatra e também notamos que a Helena estava mais magrinha do que deveria, para a idade dela. Percebemos, então, que o meu leite não estava sendo suficiente para ela. Tentamos o complemento industrial, mas a Helena teve muitas cólicas (que são causadas porque o intestino ainda não está maduro, totalmente formado) e o leite industrial só agravou esse quadro! No dia em que dei complemento, ela chorou 8 horas sem parar! Que dó da bichinha...
 

Então minha médica me receitou um remédio chamado EQUILID, para aumentar a produção do meu leite. Ele é vendido somente com receita médica. Vejam o que diz a bula: "EQUILID é um medicamento neuroléptico (utilizado para tratamento psiquiátrico ou de doenças mentais) a base de sulpirida, indicado para pacientes com estados neuróticos depressivos, síndromes vertiginosas e esquizofrenia."

 
OIIIIII???? Sim, é isso mesmo que vocês leram. E na parte sobre os efeitos colaterais que o medicamento pode causar, está "distúrbios endócrinos: hiperprolactinemia (aumento da concentração do hormônio prolactina que estimula secreção de leite)". Aháááá!!! Então o aumento do leite não é a principal função do remédio, é uma consequência, um efeito colateral!
 
 
 Claro que eu li tudo isso e claro que fiquei com receio e claro que falei com a minha médica sobre isso. Mas ela me tranquilizou, disse que muitas lactantes tomam esse remédio por anos sem prejuízo algum, que com doses diárias pequenas, como ela estava me receitando, não haveria problemas, etc. Então comecei a tomar o tal do remédio, e PLIMMMM: leite jorrando! Funcionou mesmo!
 
Porém, tive que trocar de convênio médico perto da Helena fazer 1 ano de idade e essa minha pediatra não atendia o novo plano. Ué, sem problemas, eu passaria em outros médicos da rede credenciada do novo convênio. Ah é? E cadê que os médicos tinham data para me atender??? Como a Helena era "nova paciente", não havia agenda disponível para consultas e nem encaixe! Liguei em todos os da minha região! Resultado: minha nenê ficou 3 meses sem acompanhamento médico. Ainda bem que Deus a abençoou com saúde!
 
E o EQUILID???? Acabou. E eu não tinha mais receita médica para comprá-lo. No desespero, tentei até usar a receita médica de uma amiga, mas claro que não deu certo. Então, a fonte natural esgotou e eu tive que desmamá-la assim, de um dia para o outro. Isso NÃO é aconselhado, porque a amamentação é uma conexão muito forte entre mãe e filho, de nutrição e de afeto, e cortar esse laço tão bruscamente traz problemas emocionais e físicos à ambos. Queria muito ter feito diferente, mas não tive escolha! Mas graças a Deus, a Helena não teve muitos problemas com essa mudança. Ela demorou um pouquinho para se acostumar à mamadeira e ao novo leitinho, mas alguns dias depois já estava mamando bem no novo formato. Ela me surpreende, é muito adaptável!
 
Mas eu, minha gente... com a parada abrupta da amamentação, as mudanças hormonais naturais causadas por esse ato, a tristeza pelo "desligamento" com a minha filha (amamentar era um momento só nosso, meu e dela, e isso era importante para mim) somadas à parada abrupta do remédio também (lembrem da bula!!)... eu virei uma avalanche de sentimentos, de emoções, de loucura, de choros, de explosões. Surtei pelos motivos mais bobos, gritei, chorei, chorei, chorei. Eu sentia uma tristeza palpável, pelos motivos mais diversos. Me sentia sozinha, sem amigos, presa à nova vida, sentia falta da minha liberdade de antes. Gente, quando estamos em desequilíbrio, a mente vira uma forte inimiga. O que ela "diz", você acredita!
 
Em um dia de crise fortíssima, achando que o marido ia pedir "arrego", ele chegou em casa (eu estava chorando no chuveiro!! Atualmente nem podemos mais nos dar esse luxo, já que a crise da água está feia! Banho de gato, só) com flores lindas e um cartão no qual ele escreveu: "Amor, já passamos por altos e baixos juntos. Hoje, você que está para baixo, mas saiba que estou com a mão estendida para te ajudar a subir". Me fala se isso não é realmente um parceiro. É por isso que a decisão de ter filhos tem que ser do casal, dos dois... Para que em momentos como esse, um ampare o outro e que a tarefa conjunta de serem pais fortaleça ainda mais o casamento.
 
Essa fase durou cerca de 2 meses. Eu quero deixar claro que nunca deixei que essa "bagunça" dentro de mim afetasse a minha relação com a nenê. Com ela, eu me controlava, mantinha a calma e o bom senso. E a boa notícia, é que meus hormônios foram se normalizando no meu corpo, aquelas explosões passaram, os fantasmas sumiram e eu voltei a ser a boa, equilibrada e paciente Sarah de sempre. Ufa!
 
Pessoal, eu não sou médica, e também não sou contra quem receita ou quem toma esse remédio. Também não estou dizendo que o medicamento não presta, faz mal, etc. Cada um faz a sua escolha e cada corpo reage de uma forma! Esse post é somente para dividir a minha experiência com vocês. E tudo isso aconteceu comigo nessa proporção porque tive que parar de tomá-lo de uma vez! Um dia eu tinha o remédio, e no outro dia já não tinha mais. E isso ligou a "montanha-russa". Se você for tomar ou se estiver tomando esse medicamento, não se preocupe, ele vai atender ao seu principal objetivo, que é aumentar a produção do leite materno. E quando for o momento de desmamar, faça-o aos poucos, gradativamente, diminuindo uma mamada de cada vez, sem prejudicar você e o bebê. Dessa forma, com certeza você não vai passar pelo que passei!
 
Mas de qualquer forma, agora, prestes a ter o meu segundo bebê, com certeza vou deixar a Natureza comandar. Se eu tiver leite suficiente, ótimo! Senão, tudo bem, não vou ser "menos mãe" por não conseguir amamentar ou não dar exclusivamente leite materno até os 6 meses. Sem crises, sem sofrimentos.
 
E bora curtir a vida em paz, conosco e com o mundo! Equilíbrio, sempre.
 
Eu, amamentando a minha pequena
Helena, aos 2 meses de idade

Sarah Miranda

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Entrevista de emprego para o "melhor e pior" trabalho do mundo

O último post foi sobre Carreira X Maternidade. E aí, hoje, recebi esse vídeo da minha amiga Nádia May.

O vídeo mostra um recrutador fazendo uma proposta de emprego aos potenciais candidatos. Preste atenção na descrição da função.

E aí, se identificou? Aceita a vaga? É sua!



Que atire a primeira fralda quem não lacrimejou! Se você não tem filhos, ao menos lembrou da sua mãezinha... 
Eu, grávida e com mil hormônios que me deixam sensível, já corri pra pegar o balde. KKKK

Uma homenagem às mamães, que fazem o "melhor e o pior" trabalho do mundo!

Sarah Miranda